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O assalto ao banco de Tíflis, também conhecido como a expropriação da Praça de Erevã, foi um assalto à mão armada em 26 de junho de 1907 na cidade de Tíflis, região homônima do vice-reino do Cáucaso, no Império Russo (atual Tiblíssi, capital da Geórgia). Um transporte bancário foi roubado pelos bolcheviques para financiar suas atividades revolucionárias. Ladrões atacaram uma diligência do banco e policiais e militares ao redor usando bombas e armas enquanto o veículo estava transportando dinheiro pela Praça de Erevã (atual Praça da Liberdade) entre o escritório de correios e a filial de Tíflis do Banco Estatal do Império Russo. O ataque matou quarenta pessoas e feriu outras cinquenta, de acordo com documentos oficiais do arquivo. Os ladrões escaparam com 341 mil rublos.
O assalto foi organizado por vários líderes bolcheviques, incluindo Vladimir Lenin, Josef Stalin, Maxim Litvinov, Leonid Krasin e Alexander Bogdanov, e executado por um grupo de revolucionários liderados pelo partidário de Stalin, Simon Arshaki Ter-Petrosian (Kamo). Como tais atividades foram explicitamente proibidas pelo V Congresso do Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR), o assalto e os assassinatos causaram indignação no partido contra os bolcheviques (uma facção dentro do POSDR). Como resultado, Lenin e Stalin tentaram distanciar-se do ocorrido. Os acontecimentos em torno do incidente e assaltos semelhantes dividiram a liderança da facção, com Lenin opondo-se a Bogdanov e Krasin. Apesar do sucesso do assalto e da grande soma envolvida, os bolcheviques não podiam usar a maioria das cédulas obtidos com o roubo porque seus números de série eram conhecidos pela polícia. O líder bolchevique concebeu um plano para que vários indivíduos trocassem as notas de uma só vez em vários locais por toda a Europa em janeiro de 1908, mas essa estratégia falhou, resultando em várias prisões, publicidade mundial e reação negativa dos social-democratas europeus.
Kamo foi pego na Alemanha logo após o assalto, mas evitou com sucesso um julgamento criminal fingindo insanidade por mais de três anos. Ele conseguiu escapar de sua enfermaria psiquiátrica, mas foi capturado dois anos depois ao planejar outro assalto. Foi condenado à morte por seus crimes, incluindo o assalto de 1907, mas sua sentença foi comutada para prisão perpétua; foi libertado após a Revolução de 1917. Nenhum dos outros principais participantes ou organizadores do assalto foi levado a julgamento. Após sua morte, um túmulo e um monumento a Kamo foram erguidos perto da Praça de Erevã, nos Jardins Pushkin. Este monumento foi posteriormente removido, e os restos do revolucionário foram movidos para outro lugar.